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Como as Redes Sociais impactam na sua autoestima

Em 1954, Festinger desenvolveu sobre a Teoria da Comparação Social, na qual fala sobre a tendência dos indivíduos de se autoavaliarem através da comparação com outras pessoas. Então para validar e ter uma visão mais clara e coesa sobre si, buscam validar as próprias informações, inclusive suas habilidades e opiniões, nos outros.

O que vemos nas redes é uma edição da vida. Pessoas mostrando sua versão idealizada, uma imagem projetada do que é o ideal e do que é desejado para ela. Quando isso foge muito do real, a própria pessoa pode sofrer com as consequências disso, já que ninguém foge completamente do mundo em que vivemos. Uma hora a realidade pesa. A discrepância entre o real e a vida online causa insatisfação.


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Mas ao ver todas aquelas fotos e posts de pessoas vivendo felizes, com o emprego dos sonhos, com fotos de viagens como se a viagem tivesse durado mais do que as férias, com ideias e opiniões formadas sobre tudo, com posição estável perante as adversidades, com corpos sarados... Isso pode causar um certo desconforto para quem não se sente assim. Algo tem no outro que não tem em mim.

E é completamente normal se comparar. Mas ao invés de comparar com pessoas reais, comparamos com pessoas virtuais. Com o que postam, com o que mostram. Os momentos destacados e selecionados sinaliza que os outros não são tão bem sucedidos em comparação a quem postou. Afetam nossas comparações, que afetam na nossa autoimagem e que consequentemente afetam na nossa autoestima.

A busca por validação é constante, tanto por quem é ativo nas redes, quanto por quem só assiste. A necessidade de aprovação é supostamente saciada de acordo com o número de curtidas, comentários, compartilhamentos. Essas métricas servem enquanto estamos no celular, mas e fora?

Quem assiste e não está sabendo lidar, muitas vezes busca uma interação como no mundo real, mas não é a mesma coisa. Segue a pessoa, mas não é seguido de volta. Curte um post e comenta o quanto a pessoa é bonita e legal, mas não tem nada em troca.

É a hora de percebermos que tudo o que vemos afeta a nossa autoestima, e é necessário reconhecer que pode impactar negativamente, dependendo do que é consumido. Reconhecer os próprios limites, desenvolver a autoimagem e reduzir as comparações com o que é quase inalcançável pode ajudar.

A vida offline precisa de relacionamentos. Cultivar o convívio presencial fortalece a conexão com o mundo real e ajuda a criar uma báse sólida para a autoestima.



Por Yann Pereira.


Referências

Festinger, L. (1954). A theory of social comparison processes. Human Relations, 7, 117–140. https://doi.org/10.1177/001872675400700202

Silva, M. da C. . (2021). A RELAÇÃO ENTRE REDES SOCIAIS E AUTOESTIMA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 7(4), 417–439. https://doi.org/10.51891/rease.v7i4.976

 
 
 

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