O Som que a Morte Faz: quando o luto silencia, a escuta se torna essencial
- contatoyannpereira
- 1 de jul.
- 2 min de leitura
Como lidamos com a ausência? O que resta quando uma perda profunda silencia uma casa inteira? Essas são algumas das perguntas que atravessam "O som que a morte faz", romance delicado e potente que acompanha uma família em reconstrução após a morte de Francisco, pai e marido, vítima de overdose.
Narrado por três personagens — Bernardo, seu irmão Fernando e a mãe, Neiva — o livro oferece um retrato íntimo dos diferentes caminhos do luto e da forma como cada sujeito processa o sofrimento emocional. Enquanto Fernando tenta seguir com a vida universitária e Neiva busca sentido nos estudos e na rotina, Bernardo permanece à deriva, enfrentando a solidão, a dependência química e a descoberta de uma paixão não correspondida.
A narrativa alternada permite observar nuances importantes da experiência humana: os mecanismos de defesa frente à dor, as tentativas de reorganizar a identidade após o trauma, os conflitos não verbalizados que se acumulam dentro de casa, e os silêncios que gritam.
Do ponto de vista psicológico, o livro é um estudo sensível sobre vínculos afetivos, transições familiares e os efeitos da perda na constituição subjetiva. Não há respostas prontas — o que há é um convite à escuta: da dor do outro, das memórias, dos próprios limites.
"O som que a morte faz" não é apenas um romance sobre a morte. É um romance sobre o que fica — e como, pouco a pouco, aprendemos a nomear, elaborar e (re)viver.
Para psicólogas, estudantes e pessoas interessadas na complexidade das relações humanas, esta leitura oferece um material rico de reflexão. Porque, às vezes, compreender o som que a morte faz também é uma forma de voltar a ouvir a vida.
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