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Entendendo a Fobia Social

Nós somos seres sociais e precisamos lidar com isso para viver. Desde o momento do nascimento, onde precisamos de auxílio o tempo inteiro, quanto na vida adulta, onde precisamos socializar para saciar as necessidades básicas individuais.

Quando o transtorno de ansiedade faz ter medo de qualquer situação social ou apresenta uma angústia por ter que enfrentar essas situações, evitando-as ao máximo, nas quais essas interações sociais causam ansiedade sem um motivo racional, há uma grande chance de ser Fobia Social.

A Fobia Social é comum no Brasil. De acordo com o Congresso Nacional de Psiquiatria, cerca de 13% das pessoas apresentam ou apresentaram a fobia em algum momento da vida.


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O Transtorno de Ansiedade Social causa um turbilhão de emoções em cenários que poderiam ser confortáveis. Mesmo em situações comuns, há uma apreensão da possibilidade de ser humilhado ou envergonhado pelos outros. E isso não necessariamente vem do desprezo pela socialização, visto que muitos gostariam de ter mais contato social, mas existe um medo de rejeição que os impede. É muito mais intenso que uma timidez comum.

Então o resultado é o isolamento. A pandemia reforçou isso. Essas pessoas passaram a preferir o mundo virtual, pois não atrai olhares e a chance de julgamento é menor. O uso da máscara ou a falta de compromissos presenciais trouxeram um "alívio" para quem tem a fobia. As consequências aparecem como prejuízos nos relacionamentos, na carreira profissional, no vínculo escolar e na qualidade de vida no geral.

Tarefas simples como pedir uma informação, conversar com um desconhecido ou até mesmo comer em público causam incômodo e temor de estar sendo julgado.

As causas da fobia são sugeridas por predisposições genéticas, mas traumas, falta de habilidades sociais e padrões de pensamentos negativos contribuem para o desenvolvimento desse transtorno.

É uma condição desafiadora mas é tratável. Gerenciar esses sintomas vão tornar a vida mais leve. Certos sintomas fazem piorar a situação, como suor, tremor, rosto avermelhado, dificuldades em encontrar as palavras nas conversas, voz trêmula... quando isso ocorre, é reforçado que está sendo julgado e faz evitar novas situações onde pode acontecer o mesmo. O ideal é não reforçar esse pensamento.

A terapia de exposição é indicada nesses casos. Consiste na exposição gradual e controlada em situações temidas, permitindo enfrentar e superar os medos. Ter noção de que sua percepção não seja equivalente a realidade também ajuda.

O desenvolvimento de habilidades sociais também ajuda a elaborar a confiaça em situações sociais através da comunicação, assertividade e resolução de conflitos.

Tudo isso pode ser trabalhado em terapia. Em casos extremos, psiquiatras recomendam o uso de antidepressivos com inibidores seletivos de recaptação da serotonina. Nesse caso, é importante acompanhamento de um psicólogo e um psiquiatra.



Referências

ANGÉLICO, Antonio Paulo; CRIPPA, José Alexandre de Souza; LOUREIRO, Sonia Regina. Fobia social e habilidades sociais: uma revisão da literatura. Interação em Psicologia, Curitiba, ago. 2006. ISSN 1981-8076.

Burato, K. R. da S., Crippa, J. A. de S., & Loureiro, S. R.. (2009). Transtorno de ansiedade social e comportamentos de evitação e de segurança: uma revisão sistemática. Estudos De Psicologia (natal), 14(2), 167–174.

 
 
 

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